Os bifaces da estação paleolítica do Casal do Azemel (Leiria, Portugal): uma (re)interpretação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51679/ophiussa.2023.136

Palavras-chave:

Bifaces, Sequência operatória, Hierarquização, Suporte, Peças bifaciais utensílios

Resumo

Entre os vestígios materiais do tecno-complexo Acheulense, os bifaces são recorrentemente referenciados como os seus produtos mais icónicos. Sendo inegável a sua relevância no reportório comportamental dos grupos responsáveis pela sua elaboração, ao longo das últimas décadas têm sido alvo de múltiplas abordagens, suscitando, amiúde, diferentes perspetivas. No ocidente europeu, uma das maiores coleções deste tipo de utensílios é proveniente da jazida do Casal do Azemel, conjunto esse que, entre outros aspetos, se caracteriza pelo predomínio de exemplares com uma hierarquização morfológica (volumetria plano-convexa) e tecnológica (configuração sequencial). Alternativamente à proposta que enquadrava a conceptualização da grande maioria dos artefactos na lógica das peças bifaciais suportes de utensílio (Cunha-Ribeiro 1999), argumenta-se que os particularismos em que se baseara essa perspetiva decorrem do tipo de suporte preferencialmente empregue e do mental template inerente à produção destes artefactos, propondo-se que correspondem a peças bifaciais utensílios, como é a norma no Acheulense peninsular.

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Publicado

2023-12-14

Edição

Secção

Articles