ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A FASE TARDIA DA IDADE DO FERRO NO OCIDENTE ATLÂNTICO

Autores

  • Elisa de Sousa Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, Uniarq – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa / Fundação para a Ciência e a Tecnologia

DOI:

https://doi.org/10.51679/ophiussa.2017.19

Palavras-chave:

Idade do Ferro, Atlântico, Identidade cultural, Púnico, Turdetano

Resumo

Durante as últimas décadas tem-se assistido a um debate no seio da comunidade científica centrado na identidade cultural das populações que habitaram a costa atlântica do território peninsular durante o período sidérico. São várias as interpretações que se enfrentam nesta questão ainda que, com alguma frequência, as suas bases estejam assentes em selecções parciais da realidade arqueológica. Para esta situação contribuiu, em parte, o próprio carácter fragmentário da cultura material disponível para o estudo deste período histórico, passível de suportar diferentes correntes interpretativas. A informação publicada durante os últimos anos permitiu, contudo, desenvolver análises e caracterizações mais detalhadas dos componentes artefactuais desta área ocidental, adicionando novos dados para a compreensão dos ritmos de evolução dos seus principais núcleos de povoamento, particularmente durante a segunda metade do 1º milénio a.C. É com base nestes novos dados que se pretende discutir, neste trabalho, as várias propostas de integração cultural destas comunidades e, em última análise, sublinhar as características que permitem valorizar a existência de uma identidade autónoma, com particularidades regionais, desta zona centro atlântica.

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Publicado

2021-10-15

Edição

Secção

Articles