A face romana de Santa Olaia (Figueira da Foz, Portugal) – uma leitura possível a partir da cultura material
DOI:
https://doi.org/10.51679/ophiussa.2021.87Palavras-chave:
Baixo‑Mondego, Santa Olaia, época romana, Cultura materialResumo
Embora revele uma notável longevidade de ocupação, Santa Olaia é sobretudo conhecida pelos testemunhos da Idade do Ferro. Contudo, os restantes ciclos vivenciais são de igual importância para a compreensão da sua estratégia de afirmação regional ao longo do tempo. Neste caso e com base na revisão da documentação e espólio procedente das escavações arqueológicas realizadas, procura‑se compilar os elementos referentes à ocupação romana do local propondo, simultaneamente, uma narrativa de enquadramento. A análise dos dados reunidos parece indicar uma ocupação persistente desde época republicana aos inícios do século VI marcada, porém, pela noção de transfiguração cíclica do sítio. Atendendo às diferenças observadas ao nível do volume e qualidade do registo arqueológico, apresentam‑se potenciais linhas de interpretação explicativas das alterações de natureza funcional e relevância deste emblemático sítio do estuário do Mondego.